A não participação da mulher em todas as esferas da sociedade gera um desequilíbrio devastador no ceio da humanidade. O próprio desequilíbrio da mulher é gerado pela pressão e falta de empatia, da sociedade machista em que vivemos, em relação à sua aparência e ao desenvolvimento de suas capacidades que são fantásticas.
Mesmo com todos os esforços feitos até aqui, a dignidade da mulher continua ameaçada por práticas às quais a sociedade finge que não vê, inclusive o próprio movimento feminista.
Um bom exemplo disso é a pornografia, que incentiva à degradação da mulher, tratando seu corpo como objeto.
Outro exemplo é o movimento feminista que se distrai de seu real objetivo, quando em uma atitude machista, desencoraja a maternidade, fazendo com que isso prejudique, por exemplo, mulheres que estão no mercado de trabalho e que querem exercer a maternidade ao mesmo tempo.
Enquanto isso, medidas trabalhistas de proteção aos direitos da mulher ganham pó nos gabinetes dos nossos governantes, até que sejam aprovadas.
Mulheres, temos de nos conscientizar e lutar contra isso, não deixando que nos faltem ao respeito; que banalizem nosso corpo nas revistas, tv, cinema, internet, propagandas, enfim, em todo lado.
Estas práticas fazem aumentar o desrespeito pelo trabalho da mulher, pelo seu corpo, pela sua essência, dando-lhe uma imagem de degradação, quando, na verdade, ela é elegância e ternura por natureza. No entanto, é essa mesma elegância, ternura e harmonia que dão equilíbrio à humanidade.
Mulher, você é quem dá harmonia ao mundo, se você estiver em desequilíbrio, o resto estará. Tome de volta o seu lugar! Valorize o seu corpo e a sua liberdade, não se venda, não deixe que te tratem como um pedaço de carne na vitrine.
A mulher recebeu uma honraria de Deus, que é a capacidade de gerar uma vida. Uma vida para Deus. Não deixe que sua beleza seja banalizada, guarde o que você tem de mais precioso, a sua dignidade, o seu corpo, que neste momento está sendo marginalizado, usado como arma de manipulação contra você mesma; e se é contra você, mulher, é contra os seus filhos também.
Pois, uma mulher desequilibrada gera filhos desequilibrados e famílias desequilibradas, logo, uma sociedade completamente desequilibrada, por isso tome posse do lugar que é seu.
Segundo a Anxiety and Depression Assossiation of America, o predomínio de doenças mentais graves é quase 70% maior em mulheres do que em homens.
De acordo com o National Institute of Mental Health, em 2017 — nos Estados Unidos — 46,6 milhões de pessoas foram tratadas por algum tipo de doença mental. A porcentagem de mulheres é 50% maior que a de homens, (22,3% vs 15,1%).
A exposição da mulher a situações de extrema pressão e violência a torna 3 a 4 vezes mais tendente a ter depressão, do que os homens.
As mulheres têm 2 vezes mais hipóteses de serem afetadas por depressão unipolar, que será a segunda maior causa de incapacidade até 2020. Elas também são 10 vezes mais propícias a serem afetadas por distúrbios alimentares.
Lá está, mais uma vez, a ditadura da beleza faz pressão na mulher por um padrão de corpo que não existe, e assim contribui para o desequilíbrio da mesma, e consequentemente da sociedade na totalidade e isso, vê-se nas estatísticas.
No entanto, as mulheres demoram muito mais tempo que os homens a procurar tratamento, (mulheres, cerca de 4 anos após surgir os primeiros sintomas e homens após 1 ano), isso deve-se ao fato de que, desde cedo, a mulher, principalmente nas camadas mais baixas da sociedade, é incentivada e pressionada a colocar as necessidades dos seus entes queridos à frente dos seus.
O primeiro e mais importante passo a ser dado no caminho da saúde mental é reconhecer a necessidade de agir, mas para a maioria das mulheres, dar este primeiro passo pode ser desafiador devido às pressões sociais que sente para ser a cuidadora resistente e fomentadora de suas famílias.
A mulher não é coadjuvante, ela faz parte do elenco principal deste teatro. Ela é peça chave, mas de momento, essa chave está tapada por toda a ferrugem gerada pela sociedade machista e manipuladora em que vivemos.
Esta chave precisa ser limpa, polida e lubrificada e, nessa altura sim! Abrirá todas as portas que se puserem à sua frente, pois as suas capacidades são fabulosas.
Nos dias que correm, qualquer mulher que precisa trabalhar para se sustentar, que tenha um ou dois filhos e que viva um relacionamento indesejado, pensa milhares de vezes antes de se separar.
Ora, vejam bem este cenário: se ela, nesta situação, por acaso, separar-se e levar os filhos consigo, dificilmente conseguirá sustentá-los sozinha, se conseguir, e muitas conseguem, é com muito custo; se ela resolve ficar, que é o que acontece com a maioria, vive uma vida inteira de frustração, ficam velhas e rabugentas, neuróticas, sentem-se infelizes com elas.
Muitas se enterram no tabaco, outras no álcool, ou no excesso de consumo, enfim são inúmeras as consequências, inclusive a mais devastadora delas é o exemplo de desequilíbrio que é passado para os filhos.
Em última hipótese há aquelas que resolvem se colocar em primeiro lugar e sai da relação deixando o homem e os filhos. À essas está reservado um severo juri.
Pouquíssimas são as pessoas que olham para ela e consegue entender os seus motivos e serem solidárias, pois a maioria fica com pena do marido e dos filhos.
Já ela, é apedrejada em praça pública, mas a mulher é forte, muito forte. Não é atoa que foi dada a ela esta dádiva que é a maternidade. Foi dada a ela a responsabilidade de ensinar a amar. Não é uma responsabilidade qualquer e deve ser o mais valioso de todos os ensinamentos.
As mulheres são constantemente pressionadas a se conformarem com esteriótipos de submissa, mas nos negócios tem de ser agressiva como os homens, o que incentiva ainda mais a “guerra dos sexos”. Guerra, esta, que prejudica imenso as relações homem e mulher, contribuindo para o desrespeito e violência contra a própria.
Segundo uma pesquisa feita pelo Counting Women’s Work — sobre o trabalho não remunerado que é executado pela mulher — numa distribuição percentual média de 22 países, 90% dos cuidados prestados a uma criança no seu primeiro ano de vida é feito pela mulher, apenas 10% destes custos provém de bens e serviços.
A contribuição econômica das mulheres, no que toca ao trabalho não remunerado (doméstico), é subestimada por medidas padrão que desrespeitam e desvalorizam o seu potencial e importância.
O trabalho sustenta a nossa sociedade, mas os padrões do sistema econômico em que vivemos considera trabalho, apenas aquele que for mediante remuneração. No entanto, a grande maioria do trabalho sem remuneração é feito por mulheres.
Mulher, melhore o seu humor, cuide-se, coloque-se em primeiro lugar. Faça uma atividade física, uma dieta balanceada e sem exageros; encontre um emprego que você goste, mas faça por si e não pelos outros.
Você e sua família serão muito mais saudáveis se dedicar-se à sua saúde emocional em primeiro lugar. Sei que é clichê, mas as recomendações da aeromoça para que, em caso de acidente, coloque primeiro a máscara de oxigênio em você e depois nos outros, não é por acaso.